quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Minha querida, minha mãe.

Como posso deixá-la sozinha com seus tormentos?
Como posso não sofrer e chorar com seu sofrimento?
Quando eu olho em seus olhos eu vejo e com minha dor, entendo.
Das dores que em seu coração habitam, corroem e derrubam seu corpo em lamentos!
Fruto que sou, tristemente junto a ti eu caio, de uma juventude que já esqueci.
Aceito o que tenho... deixo o que nunca senti.
Te sigo em cada comodo, unicamente para lhe dar conforto, 
se seu rosto se perde, me arrasto sem graça e de cada comodo, cada canto... estou em prantos!
Choro porque te amo e não posso te salvar!
Choro, pois quando você chora, me faz chorar.
Onde está que não te alcanço? 
Dou-lhe minhas mãos e braços, mas Deus... o que tenho não te acudi!
Nem beijos, nem palavras, nem abraços...
Então ... eu fico!
Fico eternamente!
Divido cada dor e cada tristeza desta vida descontente.
As recebo para mim.
Porque te amo e sou assim.

27 de agosto de 2005.

Uma vida infeliz, por uma tristeza eterna.
Cada instante de cada hora e por todas elas,
caindo aos prantos em cada canto de todas as salas,
rasgando lembranças, queimando sonhos, desventuras.

Caminhando em estradas escuras
dentro e fora de meus olhos, inimigos.
Com amor e esperança perdidos
caí em um mar de torturas.

Vivo em constante melancolia
e a cada dia mais descrente estou!
Deus, onde minha fé se refugiou?