domingo, 16 de dezembro de 2012

Não.

Eu não deveria estar aqui!
Havia uma vida diferente esperando por mim.
Em um lugar mais bonito, com o ar mais puro e sons mais amenos.
Há dias em que a dor da solidão é inevitável e nem palavras doces, fazem perder-se tanta tristeza e tanto cansaço.
É muito difícil!
Ás vezes gostaria de sumir, dissolver e correr rio a fora, eternamente correr.
Havia alguém esperando por mim, alguém que agora não sei, não sei onde está, não sei aonde foi, mas que sinto uma tremenda e dolorosa falta, do abraço que não senti, do beijo que não provei...
Ah esses dias!
Esses dias que não passam!
Essa vida que não me leva e só me arrasta, por lugares em que eu não quis passar e não deveria.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Epitáfio

Agora me encontro em um mar gelado, profundo e escuro.
Mal sinto meus braços e pernas e penso em como é dolorosa esta sensação.
Aqui, me lembro das dores e tristezas, lembro da sensação exata que é o sofrimento e em como foi difícil fugir dele. Lembro do rosto de minha mãe e da doçura em seu sorriso, lembro da calma e da alegria que sentia quando ouvia sua voz. Lembro-me do rostos e dos sonhos que se partiram, cada detalhe e cada fim trágico.
Nunca tive muitos amigos, mas a imagem do último que vi, jamais esquecerei, nem mesmo aqui.
Posso vero onde eu deveria estar, posso ver o que deveria ter sido meu, tudo o que perdi.
Não era para ter sido assim, eu não mereci isso...
Era para eu ter sido feliz.

Pobre menina.


Pobre menina perdida!
Pobre menina, solitária  e perdida!
Tenho pena de sua vida, pena de suas ilusões.
Acho estranho seus olhos, sua boca, seu sorriso amargo.
Tenho medo de para aonde vai, medo do que possa ser, pois entendo seu coração gelado, sua vida vazia.
Sei onde se esconde e para mim, nada mais parece, que um abismo escuro e frio.
Sei o que te assusta e para mim, nada mais é, que um pesadelo sem fim...
Ah menina como me dói...
como me dói.
Olhar para a imagem no espelho e te ver.
Como me dói!

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Que pena.

Quem dera poder contar o que sei, quem dera poder contar meus segredos.
Sem medo, sem mentiras, sem dor.
Quem dera eu ter a coragem dos fortes e simplesmente falar.
Mas, falar pode ser tão difícil e o difícil para mim é sempre mais difícil.
Quem dera fechar os olhos e simplesmente dormir, nada de tristeza, nada de lágrimas, só o precioso sono, o precioso descanso.
Creio que sei mais do que meu peito pode suportar, estou secando!
Creio, que minha caminhada para o fim só se antecipa, pois tantos segredos, somente mal podem me causar.
Que pena.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Quando crescer quero ser um herói !
Para cuidar dos meu amigos, que hoje, eu assim tão fraca, cuidaram de mim.
Quando crescer, retribuirei o favor.

sábado, 18 de agosto de 2012

Só isso.

Não aguento mais os poemas e poesias, não aguento mais as músicas melosas nem seus malditos compositores.
Não aguento mais as novelas e filmes, não aguento mais meus amigos e suas histórias românticas com finais felizes... eu não aguento mais!
Eu, estou por um fio, em minha vida de desgostos, eu estou por um fio!
Não quero falar, não quero ouvir, muito menos quero entender, os motivos e razões para tudo ser como é.
Quero cair e sofrer em minha desgraça, do meu jeito, como eu posso... tudo o que tenho. Só isso.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Presente de Aurora.

Aurora guarda as lembranças. As noites sem sono mais sombrias, num canto desagradável do meu quarto.
A dor quase nos matou, inúmeras vezes, de tantas formas.
Aurora guarda as tristezas, de um amor que nunca será de ninguém.
Guarda Gabriel, em seu sonho mais profundo e mais bonito. A imagem dos olhos azuis que ela me deu, olhos que também aprendi a adorar, a voz em seus pensamentos.
Ah, como ela o queria!
Um querer que coube a mim também.
Nada que pudéssemos ter!
Esperei do lado de fora
uma ou duas horas.
De pé em frente a sua casa,
cansada eu esperei.
As lágrimas se misturavam com as gotas caídas do céu.
Chorei como se te visse morrer,
mas, não te vi!
Me senti cair, no chão frio e molhado.
A vida podia ter acabado,
até alguém me erguer.
Não esperei mais, fui embora
abraçar minhas horas eternas
debruçar em minha cama, muito cansada.
Derrubar mais lágrimas,
nas águas das águas da terra.
Sequei como se tivesse morrido.
Mas, não morri!
A vida poderia ter acabado, mas não acabou!

23:37

Um dois, até não restar nada.
Uma casa vazia, completamente vazia.
Uma família destruída.
Saudades de quem se foi e deixou um pequeno quarto vazio.
Completamente vazio!

Tristeza

Triste demais para querer viver,
o bastante para deixar de crer,
no abandono da fé,
o bastante para nem querer saber.

Tudo se esgota, se acaba, se vai.
Com ele, com você, com quem escreve.
Que bagunça ela faz,
faz e desfaz, faz e desfaz.

Inconveniente, avassaladora.
Desmancha qualquer face,
de qualquer um, a qualquer hora,
cedo ou tarde.

Triste demais para querer morrer,
triste demais para isso.
Triste demais para viver.
Triste demais para morrer.

Doces sonhos.

Durma bem.
Durma tranquilo. 
Estarei ao seu lado em cada momento e te abraçarei forte o bastante, para te fazer entender.
Pois, em cada vez que seus olhos fecharem, estarei vagando por seus sonhos.

Dormir e acordar, dormir e acordar.
Viver de sonhos doces.
Sonhos que em dia me guiam, sonhos que a noite me cobrem.
Doces sonhos.

Viveria de olhos fechados.
Teria uma vida de sonhos.
Caminharia a luz dos meus olhos, dançaria ao som dos meus passos.
Uma vida amena  em minha própria escuridão.
Viveria de sonhos, doces como  açúcar.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Escolha

Andei pensando na minha vida.
 Em como acabar com ela.
Pensei no que andei fazendo, me frustrei e já desiludi faz tempo.
Toda dor se cura, mas outras aparecem, sempre aparecem, então sofro outra vez.
Não é fácil, nunca é.
Retomo meus pensamentos e caminho como Deus me permite!
Escolho.
Escolho caminhar, ainda que retorne ferida.


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Queria ter um sonho mais bonito para contar para os outros. Mas, não tenho.
Meu sonho é bem pequeno, bem simples, contado em palavras simples, o sonho de alguém que pouco sonhava e que menos ainda, buscava.
Meu sonho foi criado em dias sombrios e é sustentado por uma esperança sem fim. É muito amado, extremamente amado e é esse amor que o projete.
É meu, de mais ninguém, só eu o tenho, só eu o entendo, só eu o guardo... somente eu sofro!
Ninguém mais!  

domingo, 5 de agosto de 2012

Não posso mais fechar os olhos e fingir que você não partiu.
Nem, tampouco, guardar as cartas devolvidas que você nunca abriu.
Quantas vezes mais aguardarei na janela?
Quantas velas mais, já se queimaram tantas velas.
Eu já quis ser forte e aceitar os fatos.
Mas, só choro e choro e chorar é para os fracos!
Da fraqueza que tenho e, é tudo o que me restou.
Do quarto onde esteve, do mesmo que estou.
Tanta falta é castigo, demasiada doença.
Mas, hoje não mais importa, não faz diferença!
Não te tenho mais!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Sinto saudade da minha casa!
Sinto saudades da minha casa, das minhas coisas, do meu cobertor. Do jeito que a luz entrava pelos buraquinhos da janela pela manhã, do barulho do relógio na sala.
A vida nunca será a mesma. Nem os sons, ou as palavras. Tudo mudou!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Procura.

A procura é preocupante, pois permite muitas dúvidas. Enquanto o caminho se segue e os dias passam, novas visões surgem de novos horizontes e quando menos se percebe, um coração que antes tão apaixonado já se perde em seus próprios sentimentos e a busca muda de direção...

terça-feira, 29 de maio de 2012

A vida traumatiza.

A vida traumatiza.
Quando se vive, se espera ser feliz, se busca a felicidade... mas, nem sempre se encontra.
O mal está por ai, está em todo lugar, simplesmente vem e se instala.
A vida te torna um lutador, te ensina a lutar, te ensina truques, armações de vingança!  Os caminhos vão se formando e seus pés se preparam para o inicio, eles seguem, encontram perigos, eles se esgotam.
Na vida os olhos permitem, quando permitem se arriscam e colocam em perigo a mente que ainda estava segura.
Uma mente vulnerável enxerga o que não se vê, monta histórias que não foram vividas e cria monstros que se tornam reais.  Certas coisas não dão certo, certas vezes tudo desaba...
A vida traumatiza!

sábado, 26 de maio de 2012

Recaida

Não que eu quisesse chorar, mas nem sempre pude escolher. O auto controle é algo tão complexo como caminhar, quando não há caminho e, sem caminho, não pude evitar e chorei.
As tentativas acabaram, por enquanto, mas as colunas ainda estão erguidas e enquanto não se curvam, a dor não se extingue.
fim.

domingo, 13 de maio de 2012

Se para te amar menos eu deva ser outra pessoa, então eu assim serei!
Longe de qualquer vestígio que possa revelar como começou, incriminar minhas reais intenções, meu erros...
Para te amar menos, serei uma fugitiva e me esconderei onde menos for possível me encontrar.
Só porque, já não posso mais!
E porque, te amar demais, me faz muito mal! E já não posso...
Não posso mais!

sábado, 28 de abril de 2012

Se essas paredes falassem.
Ah, se elas ouvissem...
e compreendessem, a dor do fim!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Seja feliz!
Seja eterna e plenamente feliz!
Mas, seja esperta e fique longe de mim! Não subestime um coração amargurado como o meu, não duvide do poder que tenho em minhas mãos, para machucar, ferir, vingar!
E se assim tiver de ser, será!

domingo, 18 de março de 2012

o amor.

Todo mundo tem alguém...
Mas, nem todos têm amor!
O amor é para poucos e poucos o compreendem.
Não se faz em um dia, não se acaba em um ano. Não machuca e nada destrói, une, abriga e promove alegria!
O amor é um presente! Que, como qualquer outro, pode se quebrar ou ser perdido.
Difícil de ser encontrado, difícil de ser aberto... esse é o amor!

sábado, 10 de março de 2012

Codinomes.

Eu o chamava de amor, pois era o que eu lhe tinha.
E por cada parte do meu corpo, corria esse doce amor,
em todos os meu dias, eu comia, bebia e respirava esse doce amor.
Também o chamava de anjo, era como eu lhe via,
lindo, terno, corajoso e perfeito. Inteiramente perfeito.
Tudo que à mim parecia, somente o que eu enxergava e mantinha um imenso desejo por meu anjo.
O idolatrava como à um Deus, poderoso e inquestionável, irrevogavelmente dono de mim.
Assim eu o chamava, o Deus para quem eu fazia minhas preces,
aquele à quem eu sempre buscava salvação, à quem eu sempre pedia perdão.
Eu o chamava de meu, porque era tudo  o que eu sabia, tudo o que entendia,
desejava e cuidava.
Mas, um dia, você partiu...
e comecei a chamá-lo, Gabriel!!!
Gabriel, Gabriel, Gabriel...

23/5/08

Quando as lágrimas secarem do meu rosto e o brilho dos meus olhos de apagar... entenda!
Entenda os dias que vivi e cada passo que dei.
Entenda quando os anos se passarem e sua saudade acabar.
Eu entenderia!

02/4/08.

Perco a noção das horas e dos dias.
Caio na cama e adormeço sem sonhar,
queria ter forças para o amanhã
mas, quando o amanhã chega,
acordo sem querer acordar.

Tristeza sei lá de onde.
Dor, sei lá como,
dor sei lá de onde.
Tristeza que me domina.
Dor que à mim consome!

Pobre de mim!
Queria estar presente em cada dia de minha vida,
porém, o que queria era não estar viva!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Seja forte e firme em tudo, sempre! Não importa o quanto difíceis as coisas possam ser, encontre possibilidades, enfrente batalhas, negocie, só não desista, nunca!
Ame o quanto puder, mas não seja tola, não permita que lhe machuquem, nem corpo, nem alma, nem coração!
Ensine, oriente, ajude, não abondone aqueles que tanto precisam de você.
Assuma quem você é efaça valer a pena!
Feliz Dia da Mulher!

quinta-feira, 1 de março de 2012

Margo.

Quando doer demais e, por mais que você tente, não for possível amenizar ou  curar...
Certas coisas não deveriam ser ditas, às vezes uma mentira é capaz de manter um coração em paz.
Mesmo que a felicidade não exista. Mesmo que em outro olhos,  tudo esteja bem.
Quando acontecer... pense em mim!
Pois, em cada instante dessa vida injusta, me manterei de pé, para lhe dar o máximo ou o minimo que eu puder!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Identidade.

Aos doze anos, comemorei meu trigésimo aniversário. As preocupações que eu tinha, me mantinham buscando soluções para prestar contas que não criei e aturar crises de um casamento que não era meu. Em cada conversa eu lia as entre linhas e já entendia as mentiras por trás delas, foi assim que comecei a mentir e a brincar com as palavras, com expressões, com as pessoas.
Aos dezesseis, fui arrastada para os cinquenta e sete. Estava sozinha, sem nenhum amigo e cuidando da vida dos outros na esperança de absorver o mínimo de felicidade que pudesse. Minha mente já me confundia, estava cheia, pesada e meu corpo começou a sofrer os efeitos de tamanha imaginação. 
Enfim, aprendi a chorar, como adulta. Em silêncio.
Com dezoito anos eu cheguei aos setenta e cinco, cansada demais, doente e dependente... Foram anos de elefantes cor de rosa dançando em um céu de nuvens cinzas. Eu, era só tristeza  e solidão em dias insuportáveis. Foi nessa época que atingi o desespero e sem aguentar mais, gritei plenos pulmões, tendo nas mãos uma sacola de medo, dor e ansiedade.
Alguém então me ouviu.
No final desse drama, foi o desespero que me mostrou um caminho. Não a esperança, não os que diziam ser amigos e, definitivamente, não foi a auto confiança que eu deveria ter.
A vida correu. Depressa. Agarrei o que pude.
Hoje, sou tranquila apenas e aos oitenta e oito anos tenho só vinte e dois e aguardo a única certeza que os anos me devem.

O rompimento

Não é problema meu, se você não consegue resolver seus problemas.
De suas dores, não quero mais saber.
Cansei de ouvir suas lamentações e ver seu desespero.
Hoje vou embora e se Deus me ajudar, não volto mais!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Segredos de um rei.

Conquistei os maiores países e fui chamado de herói, na mais difícil e longa guerra.
Reinei nos castelos mais belos, tive meu povo e fui adorado.
Meu nome se espalhou pelo mundo. Passou pela boca dos que me odiaram, passou e permaneceu nos corações dos que ainda me amam.
Fiz histórias. Eu as vivi, histórias tão surpreendentes que viraram lendas.
Inspirei jovens sonhadores, dei a eles a fé de que precisavam para lutar, a força que moveu montanhas e fez crescer milhares de frutos em suas vidas.
Fui mais do que um Deus desejaria ser, muito mais do que algum poderia.
Tudo o que foi e será, eternamente. TUDO!
...
Tudo o que eu não seria. E por uma unica escolha não faria...
se pudesse ter tido você.
Pois, quando os anos me alcançaram, nenhuma vitória me bastou, nenhuma glória. Nada foi grandioso o suficiente para preencher o vazio que sua falta me causou por tantos anos.
E somente agora percebo tudo,  tudo o que eu não viveria, se em troca pudesse  ter tido uma vida simples... de amor ao seu lado.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Tadeu.

Pobre Tadeu. Passou mais um dia de terror em casa.
Sua mãe, mais uma vez, fechou os olhos para não ver o que deveria ver.
Seu pai, mais uma vez, levantou as mãos e fez o que não deveria fazer.
E Tadeu, por sua vez, chorou. Como sempre faz!

29/11/06

... estaria melhor se aqui não estivesse?
Mas então, aonde estaria?
...
No céu, em paz se pudesse!
No inferno (castigada), como deveria!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

...

Não estou em casa agora. Pare de bater.
Já não me importa mais o frio ou a chuva.
Também não me importo com o longo caminho.
Só voltarei quando o sol nascer!

vinte e sete.

Hoje não chorarei!
Não hoje. Não poderia!
Só por um dia, um dia que seja meu, para que eu possa me permitir não chorar e ser tranquila.
Por menor que seja o meu tempo de paz, hoje eu não chorarei.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Loucura! (part I)

Não vá embora brilho deslumbrante ou ficarei completamente infeliz.
Caída sobre meus próprios pés, no meio da rua aos gritos.
Devolva o sol da minha manhã e tome de volta sua lua triste.
Cá está meu coração, embrulhado em pano de seda, dou-lhe em troca do que quero!
No quintal dos fundos há uma rosa, mas ela está triste, suas pétalas secando, a terra está podre lhe tirando a vida.
No meu telhado há uma porção de borboletas mortas, na varanda as folhas secas se acumulam.
Chove tanto que as cortinas não secam de jeito nenhum, respingam no assoalho estragando a minha sala.
Meu quarto está escuro e abafado, meus lençóis furados, o café está tão amargo que nem mesmo o gato quis toma-lo!
Gato idiota!
Também não o quero então!
Melhor me deitar e dormir, antes que comece a nevar!

o monstro!

Já tive uma casa tranquila. Repleta de alegria e cheia de amor, já acordei ao som de música, muitas que nem ao menos existiam, mas que na voz de minha mãe, eram sempre doces. Cada detalhe da manhã, o cheiro gostoso vindo da cozinha a paz vinda dos quartos. Já tive dias melhores, dias de felicidade, as pessoas por aqui se amavam mais e havia mais respeito! Meu quarto antigamente, era o melhor lugar da casa, sempre adorei minhas coisas, meus cadernos, meus cds, meu livros e, ali eu vivia, meu canto era perfeito sempre que eu queria. Eu não me escondia como agora, eu não tinha medo como agora, agora meu quarto é fuga. Tudo porque após crescida, descobri um monstro no armário, que por lá permaneceu por tanto tempo e saiu quando assim lhe foi melhor, assustando e ameaçando todos a quem via. Então, as coisas mudaram e quase não ouço canções!

a espera...

Eu estava esperando um milagre!
Esperei com tanta fé e paixão, que esqueci de fechar a porta quando saí, esqueci de amarrar o cadarço, de pentear o cabelo... no trabalho esqueci de bater o cartão, de cumprimentar os amigos, esqueci o que ia fazer, esqueci o almoço...
Enfim.
... meu cachorro sumiu, tropecei no fio do cadarço e caí, o cabelo bagunçado sujou de lama, perdi um dia no holerite, meus amigos me acham uma chata, levei uma bronca da chefe e passei o dia com fome...
tudo isso, tudo isso, para no final da espera, sem nada receber, eu perceber... que milagres não existem!
Quando eu já não puder aguentar a vida que levo,
quando minhas forças não forem mais suficientes para suportar o peso que carrego,
nem pernas, nem braços puderem me manter de pé, me proteger.
Quando a dor for tão grande que não me permita respirar...
Chorarei pela ultima vez.
Terei meu ultimo dia.
Pela manhã, cantarei em outro lugar.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

M. sete de dois mil e oito.

Como posso deixa-la sozinha com seus tormentos?
Como posso não sofrer com seu sofrimento?
Quando olho em seus olhos eu vejo e com minha dor entendo,
das dores que em seu coração habitam, corroem seu corpo, derrubam seus sonhos em eternos lamentos.
Fruto que sou, tristemente, junto a ti eu caio de uma juventude que já esqueci!
...aceito o que tenho, deixo o que nunca senti.
Te sigo em cada comodo, te dou conforto,
se seu rosto ao meu se perde, me arrasto sem graça e de cada comodo, cada canto, estou em prantos!
Choro porque te amo e não posso te salvar.
Choro, pois se você chora, me faz chorar.
Aonde está que não te alcanço?
Lhe dou meus braços e minhas mãos, mas o que tenho não é forte o bastante para lhe acudir, nem beijos, nem abraços, nem palavras!
Então eu fico!
Fico eternamente!
Divido cada dor e cada queda, desta vida descontente.
Eu as recebo para mim, porque te amo e sou assim!

E.T.

A vida na Terra é difícil!
Suas esquinas guardam armadilhas, seu tempo é curto e incerto e enquanto as horas passam, as estações se misturam.
Em cada espaço há uma beleza, naturalmente lá ou não, mas encantadoras! Deslumbram, destroem conforme a força de suas origens.
Os rostos daqui são tão diferentes, muitos estão tão distantes, cálidos,corados, tristes, defeituosos... velhos, divinos! Grandes segredos seus olhos guardam por aqui, o que vêem o que fingem ver...
Quanta dor seus corações podem aguentar, que poderoso e imenso amor eles podem carregar?
O perdão tão puro e tão complicado, os pássaros voando no céu, as flores brotando do chão, a morte e seus mistérios, a vida!
Tudo em baixo dos meus pés!

Meu.

Meu amor esta intacto!
Guardado em um lugar que desconheço.
provavelmente meu amor é passado
e quase não o reconheço.

Meu amor já foi ameno,
dito nas palavras mais bonitas.
Pobre amor! Foi tão modificado,
modifica e destrói vidas.

Meu amor sempre foi grande e extenso,
magnitude pesada, quase insuportável.
Escapou por cada via
numa grande correria, desesperado!

Meu amor era dos outros.
Hoje ele é só meu!
Meu e em mim sofre,
Pois, ninguém o prometeu.

Como um risco de caneta em um papel,
deslizando sem controle,
esperando paciente,
ser mais amor em outro canto,
pois aqui não pôde!

vinte e três.

... para os bons amigos eu sou eterna!
Obrigada Nad... por tudo!